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ANÁLISE: Discurso de Lula contra invasão em Brasília alimenta divisão entre esquerda e direita no país

Os brasileiros mais moderados sabiam que nem Lula nem Bolsonaro seria capaz de pacificar o país, radicalmente, dividido entre dois polos antagônicos. Entretanto, não esperava tamanha imaturidade, revanchismo e comparações ideológicas incabíveis no discurso de Lula, ontem, contra os atos de vandalismos praticados por simpatizantes de Bolsonaro.

Lula confundiu o papel de presidente com o de militante. Pior, em um dos momentos mais difíceis da democracia brasileira, sem nenhuma necessidade, trouxe à tona o debate ideológico fraticida entre  esquerda e direita.

“É importante lembrar que a esquerda brasileira já teve gente torturada, já teve gente morta e teve gente desaparecida, e nunca, nunca vocês leram alguma notícia de algum partido de esquerda, de algum movimento de esquerda, invadindo o Congresso Nacional, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto”, disse Lula durante discurso.

A frase por si só já era suficiente para colocar mais lenha na fogueira ideológica que divide o Brasil, ainda mais quando é repleta de inverdades. Basta uma pesquisa no Google para verificar que os movimentos de esquerda, mais especificamente o MST, sempre estiveram associados à invasões, depredações e violência.

Não estou com isso “passando pano” para o terrorismo de ontem, em Brasília. Muitos já foram presos e devem ser punidos como manda a lei, todavia, o presidente da República não pode combater o ódio da extrema-direita com a ira visível  em suas expressões faciais durante entrevista coletiva e com discurso que alimenta a velha narrativa criada pelo próprio PT “do nós contra eles”.

Não é isso que a população brasileira – não convertida aos extremismos – espera do novo presidente da República.

 

 

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