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Lula volta à refinaria em PE que fez o Brasil tomar calote da Venezuela

O presidente Lula volta nesta quinta-feira (18) à refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), para lançar a segunda etapa das obras cuja finalidade é mais do que dobrar a atual capacidade de refino.

A história do empreendimento é marcada não só por escândalos de corrupção e mau uso do erário, mas também pela mudança de curso. Inicialmente seria uma sociedade da Petrobras com a PDVSA, a petroleira venezuelana, em acordo assinado por Lula, em seu primeiro mandato, e Hugo Chávez.

O projeto da refinaria foi inteiramente concluído, mas as operações tiveram início em 2014 de forma parcial, com o funcionamento de um conjunto de unidades, o chamado trem 1, capaz de refinar cerca de 100 mil barris por dia. O projeto previa o trem 2, que não foi finalizado.

“Não temos dinheiro”, disse Chávez

A história começa em abril de 2003, quando Hugo Chávez foi ao município de Abreu e Lima com Lula e assinou a ata do Recife, que firmava as intenções do acordo binacional na área de petróleo.

Em dezembro de 2005, no Complexo de Suape, em Ipojuca, Hugo Chávez lançou a pedra fundamental da obra e fez um discurso pedindo voto para a reeleição de Lula — que ocorreu no ano seguinte.

Em março de 2008, Chávez voltou a Pernambuco e visitou as obras já em andamento da refinaria —feita só com recursos do lado brasileiro.

Sem acordo fechado com o Brasil, deu uma curiosa declaração no Palácio do Campo das Princesas (sede do governo pernambucano): “Não temos dinheiro, mas temos vontade política”. Na visita, ainda recebeu medalha com a mais alta comenda da Assembleia Legislativa.

Em 2011, a Petrobras anunciou que não tinha chegado a um acordo com os venezuelanos, e a PDVSA saiu do projeto sem colocar um centavo.

As duas empresas não deram explicações oficiais detalhadas, mas sabe-se que um dos pontos cruciais foi que a Venezuela oferecia, como parte do pagamento, óleo cru para custear o negócio.

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