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Daniella Ribeiro avança em Brasília enquanto nada acontece na Paraíba

Da Câmara de Campina Grande para Assembleia Legislativa, Daniella Ribeiro (PSD) seguiu um rito até bem comum na trajetória da maioria dos políticos que acabam virando deputados estaduais após atuarem no Legislativo de seus respectivos municípios. 

Mas, em 2018, quando foi eleita senadora da República, a primeira mulher da Paraíba, inclusive, Daniella experimentou um salto raro. Saiu do primeiro mandato na Assembleia Legislativa direto para o tapete azul da Alta Casa do Congresso Nacional, e, de repente, estava no centro das discussões mais importantes do Brasil.

Uma entre apenas 13 senadoras, paraibana e inserida num ambiente político dominado por homens e por velhas lideranças políticas nacionais, poderia facilmente se intimidar. Três anos depois, no entanto, Daniella aparece como protagonista de pautas relevantes no Senado. E apresenta uma desenvoltura para ir além da sombra que o seu irmão, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, há mais tempo no Congresso, construiu em Brasília para recepcioná-la.

Foi líder do Progressista no Senado, vice-líder da maioria e encarou relatorias de repercussão nacional como o adiamento da prova do Enem em 2020, a Lei Henry Borel, que torna mais rigorosa punição para autores de violência contra crianças, e mais recentemente a Medida Provisória instituindo o programa Internet Brasil.

Ao assumir a presidência do PSD da Paraíba, Daniella consolidou sua relação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), do seu partido, e se viu, sem intermediários, tratando com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.
Virou ainda vice-presidente e secretária de Assuntos Interinstitucionais do Parlamento Latino-Americano, uma entidade que reúne congressistas de toda a América Latina.

Quem a vê nas reuniões de bastidores, no plenário, nos corredores e até mesmo nas sessões remotas do Senado, percebe a mudança.  Já é tratada pelo nome e não pelo título de irmã de Aguinaldo.

Curiosamente, quando se imaginava que ela protagonizaria os debates das eleições em 2022, como candidata ao governo do Estado, Daniella, voluntariamente, se impôs um voto de silêncio em respeito às definições quanto ao destino político do irmão. À francesa, sai de cena. E aproveita esse período sabático para consolidar seu trânsito no alto clero de Brasília.

Lá, começa a ser respeitada como gente grande. Quando essa fama chegar aqui, é possível que surpreenda o mais incautos.

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