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Opinião: A mediocridade do protesto

Mais uma vez o movimento estudantil foi às ruas de João Pessoa protestar contra o aumento das passagens de ônibus na capital. O segundo em uma semana. No de ontem (24), houve uma adesão maior de manifestantes e uma rejeição da população na mesma proporção.

Sou absolutamente a favor de protestos. São os pilares da democracia. Mas devem ser motivados pela  coerência, sensibilidade e apoio popular. A pauta dos estudantes é medíocre, por isso a própria população repudiou o movimento.

Nas ruas, o repórter Washington Luiz, da TV Arapuan, ouvia o povo e a ampla maioria dizia-se contra um protesto que em tese, os pessoenses deveriam apoiar. A rejeição, é a pauta e não ao protesto em si.

A pauta de cobranças deveria ser extensiva ao aumento dos preços dos combustíveis (fator de desencadeia o aumento das passagens), ao aumento de impostos que eleva a tarifa de água, de energia, dos alimentos, etc. O foco da manifestação foi o efeito e não as causas dos problemas sociais.

Não basta ir apenas às ruas tumultuar o trânsito. Tem que ter foco, planejamento, estratégia. O país chafurdado em escândalos e prisões, mas a estudantada de João Pessoa apequena o debate com reivindicações egoístas, que olham para seu próprio umbigo.

Que falta faz os movimentos estudantis da década de 90, liderados pelo, hoje, senador paraibano Lindemberg Farias (PT). Sabiam mobilizar a nação em torno de um objetivo comum.

A população quer mudança, mas carece de líderes com sensibilidade para interpretar os verdadeiros anseios da massa. Os pessoenses e brasileiros não querem apenas  mudança nas tarifas de ônibus. Querem mudança de mentalidade, mudança de rumo, mudança de vida.

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