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Opinião: “Farei o melhor mandato da minha vida”.

A frase é do governador Ricardo Coutinho (PSB). Foi massificada na campanha eleitoral e ratificada na primeira entrevista após o resultado das urnas em 2014. Agradecido à população pela virada histórica e até inesperada para muitos, a declaração se tornou para Coutinho, uma espécie de slogan.

Passado um ano de segundo mandato, as incertezas são grandes em relação a afirmação. Ricardo vive o momento mais difícil da carreira política. Em nenhum momento da trajetória política dele, teve que tomar medidas de tamanho impacto ao bolso dos paraibanos.

Ontem (19), o governador tomou uma decisão corajosa, mas arriscada. Propôs a redução mínima nos valores do contrato em 15%, sob pena de anulação de contrato e até sanção judicial para pressionar os fornecedores a baixarem os preços. Segundo o procurador do estado, o governo pode usar a crise financeira como argumento na justiça.

Sabemos das dificuldades financeiras motivadas pela queda de arrecadação, mas Ricardo sucedeu a ele mesmo. O discurso eleitoral na campanha era de reponsabilidade financeira. O que mudou em pouco mais de um ano nas finanças do estado? as quedas no FPE já eram constatadas e previstas.

Fica evidente, que faltou planejamento para se antecipar ao cenário nebuloso já previsto por economistas. Foi feito um anúnico de contenção de despesas com fusão e exrinção de Secretarias em janeiro do ano passado, mas não foi suficiente para reduzir o impacto da crise. A meta era a redução de R$ 25 milhões nos cofres públicos. Não se sabe se o objetivo foi atingido.

Não dar para deixar de fazer uma análise crítica desse cenário porque o governo assume a filosofia do cobertor curto. Ou seja, tem que tirar de um para beneficiar o outro. Nesse caso, o sacrificado é o fornecedor. Não só eles, mas o povo. A fatura está sendo cobrada na conta de água, no aumento do ICMS, IPVA, entre outros. Como profetizou o secretário de finanças do estado, começo a sentir saudades de 2015. Posso até me enganar em relação ao futuro, mas no presente, Ricardo começa 2016 como o pior da trajetória política dele.

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