Mesmo dando lucro durante o governo Bolsonaro, os Correios foram alvo de uma tentativa de privatização — uma medida que buscava modernizar a estatal, reduzir custos e impedir que ela voltasse a pesar sobre o contribuinte. O projeto chegou a ser aprovado na Câmara dos Deputados, mas acabou travado no Senado, onde não houve avanço político para levar a proposta adiante.
Hoje, o cenário é o oposto. No governo Lula, os Correios acumulam prejuízo bilionário, e a resposta do governo é contrair um empréstimo de R$ 20 bilhões para tentar manter de pé uma empresa que perdeu eficiência e competitividade. Em vez de discutir alternativas estruturais, como concessões ou parcerias com o setor privado, o governo descarta qualquer debate sobre privatização.
Essa diferença de postura revela muito sobre a condução econômica do país: enquanto o governo anterior tentou enfrentar o problema com realismo e foco em sustentabilidade fiscal, o atual prefere proteger estatais deficitárias, aumentando o endividamento público e comprometendo ainda mais as contas nacionais. Sem reformas e sem responsabilidade com o equilíbrio fiscal, o resultado é previsível — mais gasto, mais dívida e menos confiança.
