Em uma reviravolta no caso de suspeita de estelionato envolvendo um clube de tiro de Santa Rita, a proprietária do estabelecimento, conseguiu sua liberdade.
Detida no final de junho durante uma grande operação policial que investigava o desaparecimento dos armamentos, o caso ganhou repercussão nacional pela gravidade e audácia da ação, sendo inclusive matérias no G1 (Globo) e CNN Brasil.
Em contato com a defesa da acusada, Alberdan Coelho, não retornou o contato da reportagem até o fechamento da matéria.
Entenda o caso
A suspeita foi presa nem dia 25 de junho, acusada de envolvimento em uma série de crimes relacionados à venda irregular de armamentos e ao furto de armas de um clube de tiro em Santa Rita, na Paraíba. A prisão aconteceu durante a Operação Tiro Tático, realizada pela Polícia Civil.
De acordo com as investigações, a suspeita vendia armas que nunca eram entregues aos compradores e teria se apropriado de armamentos de outras pessoas. Ela também é investigada por furto qualificado de materiais do Clube de Tiro de Santa Rita.
Segundo a Polícia Civil, a acusada foi casada com o dono do clube de tiro onde os crimes teriam ocorrido. Durante o relacionamento, ela abriu uma empresa para comercializar armas de forma legalizada e passou a operar dentro do próprio clube. As vendas começaram em 2022, mas os problemas começaram a ser percebidos a partir do segundo semestre de 2023, ganhando força em janeiro deste ano.
Segundo a delegada Cristiana Medeiros, responsável pelo caso, as denúncias começaram a surgir quando compradores notaram que as armas adquiridas não tinham sido entregues.
“A gente começou a verificar a documentação, o armamento com um valor abaixo do mercado e o convencimento para que as vítimas adquirissem [as armas]. Enquanto ela esteve no clube de tiro, ela convenceu os associados a deixarem suas armas particulares dentro do clube. E ela comercializava essas armas. Tudo isso corroborou para a gente ver que era uma prática de estelionato”, explicou a delegada.
Foto: Polícia Civil
