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Cartaxo rebate nota da Secretaria de Mulheres do PT e nega “violência política” contra Cida Ramos

O deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) rebateu, nesta terça-feira (20), as críticas da Secretaria Nacional de Mulheres do Partido dos Trabalhadores. A reação ocorre um dia depois de o grupo ter divulgado nota com críticas ao que chamou de violência política e de gênero do parlamentar em relação à também deputada Cida Ramos. Os dois concorrem internamente à indicação da sigla para a disputa da prefeitura da capital. No revide de Cartaxo em relação à nota, ele “lamentou o uso político de uma pauta tão séria e urgente na sociedade, como o caso da violência de gênero”.

Luciano Cartaxo e Cida Ramos travam atualmente uma guerra interna com vantagem para a parlamentar, pelo menos no diretório municipal. Ao todo, nove tendências do partido anunciaram apoio à pré-candidatura dela e fazem críticas ao deputado. Esta é a segunda vez que eles se enfrentam visando o comando da prefeitura de João Pessoa. Da última, por partidos diferentes, Cartaxo saiu vencedor das urnas. Foi na eleição de 2016. E é justamente neste passado que ele se apega para dizer que tem mais chaces de ser eleito se for o escolhido pelo partido.

Em entrevista à rádio CBN João Pessoa e questionado sobre isso, Cartaxo defendeu ser o melhor nome para a disputa, tendo em vista que foi prefeito da cidade entre 2013 e 2020 e que estaria mais bem posicionado em pesquisas internas. Alegou, ainda, que o partido corre riscos de não eleger ninguém no estado, caso não seja o escolhido para a disputa.

Após a nota da Secretaria de Mulheres (confira aqui), Luciano Cartaxo divulgou nota na qual diz ter recebido com tristeza as acusações feitas pelo grupo. “Não há qualquer registro de declaração pública ou privada da minha parte proferindo qualquer discurso desrespeitoso à também pré-candidata a prefeita, a companheira Cida Ramos. Da minha parte o que existem são afirmações sobre a viabilidade eleitoral entre as duas pré-candidaturas, questionamento feito repetidas vezes em entrevistas à imprensa paraibana. A violência de gênero e a violência política de gênero são questões seríssimas e não devem ser usadas para fins políticos, apoiadas em fatos inexistentes”, disse.

Ele disse ainda que, enquanto deputado, tem trabalhado para contribuir no combate a estas violências. “Por isso, apresentamos Projetos de Lei em defesa das mulheres, como a PL 181/23, que protege a mãe-solo contra a discriminação no trabalho, e o PL 618/23, que incentiva a participação das mulheres na construção civil”, ressaltou.

Confira a íntegra da nota abaixo:

“Com grande surpresa e tristeza recebi estas acusações infundadas ao meu respeito. Não há qualquer registro de declaração pública ou privada da minha parte proferindo qualquer discurso desrespeitoso à também pré-candidata a prefeita, a companheira Cida Ramos. Da minha parte o que existem são afirmações sobre a viabilidade eleitoral entre as duas pré-candidaturas, questionamento feito repetidas vezes em entrevistas à imprensa paraibana. A violência de gênero e a violência política de gênero são questões seríssimas e não devem ser usadas para fins políticos, apoiadas em fatos inexistentes. Enquanto deputado tenho trabalhado para contribuir no combate a estas violências. Por isso apresentamos Projetos de Lei em defesa das mulheres, como a PL 181/23, que protege a mãe-solo contra a discriminação no trabalho, e o PL 618/23, que incentiva a participação das mulheres na construção civil.

É com profundo lamento que recebo essa declaração, que, além de esvaziar uma pauta que é séria e urgente, não engrandece o debate democrático acerca do potencial da candidatura que o nosso partido pode apresentar para melhorar a vida da população da Capital. Fui prefeito de João Pessoa, eleito e reeleito. Entreguei uma série de obras na saúde, na educação e no urbanismo, tendo concluído a gestão com 70% de aprovação, o que reforça minha viabilidade política frente aos futuros candidatos, independente se estes são homens ou mulheres. É neste contexto que reforço minha viabilidade política, que em nada tem a ver com promoção de violência de gênero. São argumentos racionais, baseados em números e pesquisas.”

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