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Na terceira fase da Operação Indignus, Gaeco foca “esvaziamento” criminoso do programa Prato Cheio

A força-tarefa composta para investigar os desvios de recursos envolvendo dirigentes do Hospital Padre Zé e a Ação Social Arquidiocesana (ASA) desencadeou a terceira etapa da Operação Indignus. O foco da etapa atual é a atuação de empresas e pessoas envolvidas com o programa Prato Cheio, que também era coordenado pelo Padre Egídio de Carvalho Neto, preso na primeira etapa da operação. Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de seis investigados e quatro empresas.

A força-tarefa é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, em parceria com Polícia Militar da Paraíba e Polícia Civil. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de João Pessoa e Patos. De acordo com o coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, o programa Prato Cheio teria recurso para continuar distribuindo alimentos, não fossem os desvios de recursos que delapidaram o programa, evitando que ele cumprisse a sua função. A ação ocorre no Dia de Combate à Pobreza. A estimativa é que o prejuízo aos cofres públicos chegue a R$ 140 milhões.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital – Poder Judiciário da Paraíba. Esta fase é um desdobramento da “Operação Indignus” que trata da apuração dos ilícitos relacionados ao pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita, dentre outros, de valores repassados majoritariamente pelos cofres públicos ao Instituto São José, ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana/ASA, envolvendo um Núcleo de Empresas e pessoas geridas por investigados.

O trabalho conta com a participação de 30 integrantes do GAECO-PB (incluindo membros e servidores), com 20 integrantes da Polícia Militar e 20 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), formando uma efetivo de aproximadamente 66 agentes públicos.

Prato (meio)Cheio

Oprojeto emergencial Prato Cheio foi lançado em 2001, fruto de uma parceria entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), e a Arquidiocese da Paraíba. O braço religioso da ação era justamente o Padre Egídio. O programa visava beneficiar pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade social nas cidades paraibanas. O lançamento ocorreu com a presença do então secretário de Desenvolvimento Social, Tibério Limeira, e ocorreu em Guarabira. A meta era distribuir café da manhã, almoço e jantar.

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