Pular para o conteúdo Pular para a barra lateral do Vá para o rodapé

Justiça nega prisão de médico acusado de agressão contra ex-mulher

A juíza Shirley Abrantes Moreira Régis, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, negou nesta quinta-feira (14) o pedido de prisão preventiva solicitada contra o médico João Paulo Souto Casado. Ele é acusado de ter agredido de forma reinterada a ex-mulher, Rafaella Souza de Lima. De acordo com a denúncia protocolada pela Polícia Civil para justificar o pedido, os maus tratos vinham ocorrendo desde 2020 e o último episódio foi registrado em janeiro deste ano. O caso ganhou repercussão, no entanto, apenas no último domingo (10), quando vieram à tona vídeos das agressões.

Para rejeitar o pedido de prisão, a magistrada alegou falta de contemporaneidade da medida extrema (prisão). “Também não existem indícios de que o requerido tenha intenções de evadir-se do distrito da culpa, até porque, conforme já demonstrado nos autos (ID 79098923), o indiciado apresentou-se hoje na Delegacia de Polícia Especializada da Mulher e submeteu-se ao interrogatório, optando por exercer o direito constitucional de não autoincriminar-se, além de ter declinado no feito endereço fixo e se comprometido a auxiliar no andamento da investigação”, diz a decisão.

A decisão da magistrada foi apresentada em consonância com o parecer do Ministério Público. O caso é investigado pela Delegacia da Mulher desde o mês de agosto, pouco depois da separação do casal, ocorrida em julho, de acordo com declarações do médico. João Paulo Casado gravou vídeo nesta semana pedindo desculpas à ex-mulher pelas agressões e se dizendo arrependido pelo ocorrido.

Os autos do processo, no entanto, mostram que os casos de violência não foram esporádicos. A representação apresentada pela polícia narra “que o indiciado teria cometido diversas agressões físicas contra a ofendida Rafaella Souza De Lima, havendo notícias de que a última conduta teria ocorrido no mês de janeiro de 2023, sendo as demais datadas de setembro e novembro de 2022, bem como uma do ano de 2020, cujo mês a vítima não soube apontar”.

As imagens foram divulgadas inicialmente pelo site Paraíba Feminina.

Deixe um comentário