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ANÁLISE: Lula não se sente com condição moral para punir desvio de conduta em seu governo

O governo Lula volta aos holofotes da mídia, não pela agenda positiva, mas pela capacidade de produzir escândalos em tão curto espaço de tempo. O mais recente é o do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O ministro que teve a nomeação questionada pela mídia e sociedade por causa da “ficha corrida” em termos de escândalos públicos, é o epicentro da mais nova crise na gestão petista.

No governo anterior, o então deputado Juscelino usou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que passa em frente a sua fazenda, no Maranhão. Na campanha à reeleição para a Câmara, no ano passado, omitiu da Justiça Eleitoral um patrimônio avaliado em R$ 2,2 milhões em cavalos de raça. Já no ministério das Comunicações, cavou uma agenda hipoteticamente “urgente” em São Paulo como pretexto para voar nas asas da Força Aérea Brasileira para um leilão de cavalos. Juscelino foi para São Paulo com dinheiro do governo, mas cumpriu agenda que era predominantemente de assuntos pessoais. Em três dos quatro dias de viagem, o ministro se ocupou de atividades ligadas a seus cavalos de raça e participou de leilões. 

São fatos que nem o próprio ministro teve a “ousadia” de se defender. Em entrevista, Lula alegou presunção de inocência e disse que iria conversar com Juscelino  para ouvir a versão dele. É inaceitável, incompreensível e revoltante a tolerância e total benevolência do presidente com os casos de escândalos do governo. É como se ele não se sentisse com condição moral de punir desvios de conduta em virtude da consciência que o pune, apesar da absolvição da justiça. É o que nos leva a crer. 

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