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Parceria público-privada no SUS: Bolsonaro erra ao ceder à pressão da opinião pública

Bolsonaro durante evento no Aluízio Campos, em CG.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve governar o país com a opinião pública e não para a opinião pública. No episódio sobre o decreto que libera estudos técnicos para viabilizar parcerias privadas na melhoria das Unidades Básicas da Família  (UBS), o presidente deixou isso muito evidente. Não resistiu à pressão da opinião pública e voltou atrás da pior forma possível, ou seja, recuou mesmo sabendo que esse é o melhor caminho para otimizar os serviços prestados à população.

Bolsonaro deixa isso claro ao explicar, em suas redes sociais, que a ideia do estudo era viabilizar o término de construções inacabadas de UBS’s e permitir que a população pudesse ser atendida na rede privada com custos pagos pelo governo. Na própria justificativa, o presidente descarta qualquer possibilidade de privatização do SUS, até porque seria uma medida inconstitucional, já que a saúde no país é pública e universal, de acordo com a constituição brasileira. O pior foi a conclusão do presidente: Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo decreto, o mesmo poderá ser reeditado”. Ou seja, a medida só será tomada se a opinião pública “comprar a ideia”.

O presidente da República não pode ser pautado pelas pressões da opinião pública, formada em sua maioria por opositores ao Governo Federal. A proposta nem sequer chegou a ser debatida com a população, para no final, chegar ao melhor caminho. Bolsonaro, assim como eu, tem a convicção, que o caminho das parcerias públicas privadas (PPS) e até das privatizações é necessário para tentar equilibrar os gastos públicos, promover eficiência e desenvolvimento. Para o bem geral da nação, Bolsonaro deve assumir os riscos de tomar as decisões certas, mesmo sendo motivo de pressão e desgaste perante a opinião pública. Ele já fez isso ao aprovar reformas importantes para o país como a da previdência. Deve continuar nessa direção.

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