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‘Suprema humilhação’, diz Bolsonaro após colocar tornozeleira eletrônica

“Suprema humilhação”, disse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos jornalistas por ao menos quatro vezes, momentos após colocar a tornozeleira eletrônica na Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), em Brasília.

O que Bolsonaro disse

Ele explicou que se trata de um novo inquérito, em que o seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é investigado.

Acredito que Eduardo vai continuar nos EUA, se ele vier para cá vai ter problemas.

Repetiu o discurso de que não tentou dar um golpe de Estado:

Nada de concreto existe ali, não tem prova de nada. Um golpe no domingo, sem Forças Armada, golpe de festim”.

No mais nunca pensei em sair do Brasil, [ir para] embaixada. Mas as cautelares são em função disso, tenho horário para ficar na rua. Objetivo é a suprema humilhação.
Ex-presidente Jair Bolsonaro

E falou que não iria fugir.

Apesar da fala, Bolsonaro ficou na embaixada da Hungria em Brasília, em fevereiro de 2024. Em 8 de fevereiro do ano passado, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, e o premiê de extrema direita húngaro, Viktor Orban, publicou uma mensagem de solidariedade a ele nas redes sociais. Na mesma semana, no dia 12, Bolsonaro foi à embaixada acompanhado de seguranças e passou dois dias no local.

A operação da PF contra Bolsonaro

O ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, após ordem de Alexandre de Moraes. O ministro do STF tirou o sigilo de decisão que impõe tornozeleira, censura e recolhimento noturno ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Veja aqui o documento.

As medidas cautelares determinadas por Moraes:

uso de tornozeleira eletrônica;
recolhimento domiciliar das 19h às 6h e aos finais de semana;
está proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
não pode se aproximar de embaixadas (em novembro de 2024, Bolsonaro disse ao UOL que era vítima de perseguição e não descartou se refugiar em uma embaixada em caso de prisão decretada ao final do processo penal);
está proibido de ter contato com outros réus e investigados;
não pode ter acesso às redes sociais.
A suspeita é de crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas do ex-presidente em Brasília e no Rio de Janeiro e à sede do PL.

UOL

Foto: Reprodução/CNN Brasil

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