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Em encontro com Dom Delson e padre George, presidente do TCE aponta movimentações financeiras suspeitas no Padre Zé

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), conselheiro Nominando Diniz, recebeu na tarde de ontem (21) o arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, antes o conselheiro do TCE, havia recebido o padre George Batista, atual presidente do Instituto Padre Zé, unidade mantenedora do Hospital Padre Zé. Os encontros tiveram como objetivo auxiliar a prestação de contas da Ação Social Arquidiocesana (ASA), membro que faz parte da Arquidiocese da Paraíba, e acontece após o escândalo envolvendo o Hospital Padre Zé durante a gestão do padre Egídio de Carvalho, suspeito de desviar mais de R$ 140 milhões.

Segundo Nominando Diniz, o TCE não fiscaliza diretamente as entidades privadas, como é o caso especifico da Fundação Padre Zé e ASA, porém, ele pontuou que tem obrigação com os órgãos públicos que transferiram os recursos, a exemplo da Prefeitura Municipal de João Pessoa e Governo do Estado.

Porém Nominando Diniz afirmou que é precipitado fazer qualquer juízo de valor neste momento, mas que vai exigir o detalhamento das contas dos dois entes que transferiram valores “volumosos” a Fundação Padre Zé e a ASA, ao apontar ainda que foram constatadas, por meio das investigações em curso, movimentações consideradas suspeitas, o que pode trazer novos desdobramentos ao caso.

“É inacreditável o que foi feito. Um valor entrou como crédito e o mesmo valor saiu em forma de débito, isso é raríssimo nas contas públicas porque toda despesas tem uma tramitação, principalmente a liquidação, a comprovação de que o bem foi de fato entregue e o serviço foi prestado afirmou Diniz ao destacar ainda que “Quem precisa fazer a prestação de contas é o órgão público que transferiu os recursos”, disse o conselheiro, reiterando que o Tribunal estará de portas abertas para prestar os esclarecimentos necessários, ou mesmo, agir dentro de suas competência. Ele adiantou ainda que a Associação precisa constituir um sistema de registro das receitas e das despesas. “Essa é uma forma de transparência, disponibilizando o acesso aos dados por meio da internet”, finalizou.

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