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Igrejas evangélicas multiplicam templos e expandem influência política

O número de locais de culto evangélico nunca foi tão grande no Brasil e a quantidade de templos dobrou entre 2010 e 2019. Segundo levantamento feito com base em registro de CNPJs na Receita Federal, a década anterior teve um aumento de 54 mil para mais de 100 mil no período.

Os dados constam no estudo “Surgimento, trajetória e expansão das igrejas evangélicas no território brasileiro ao longo do último século”, do pesquisador Victor Araújo, do Centro de Estudos da Metrópole. Em 2019, foram abertos, em média, 17 locais de culto por dia.

Em 1940, no primeiro Censo no país, os evangélicos eram 2,7% da população. 70 anos depois, em 2010, o percentual já era de 22,2%. A expectativa para o próximo levantamento é que o número chegue a 30% e a projeção é que eles ultrapassem o número de católicos em 2032.

A expansão evangélica impulsiona todas as correntes (pentecostais, neopentecostais e missionárias), que ganham seguidores a partir da queda de católicos, que perde 1% de fiéis ao ano.

O alargamento da base evangélica aumenta ainda seu poder político, já que a Frente Parlamentar Evangélica reúne 220 deputados (42% da Câmara) e 26 senadores (quase um terço da Casa) atualmente. O bloco é o segundo maior agrupamento do poder Legislativo, perdendo somente para a bancada do agronegócio.

Um dos exemplos de como os evangélicos têm obtido poder é a inclusão de uma isenção de impostos a “associações beneficentes e assis­ten­ciais” ligadas às igrejas. O trecho foi incluído na reforma tributária por meio da Frente Parlamentar Evangélica.

 

 

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