A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem hérnia inguinal bilateral – um problema que afeta os dois lados da região da virilha – e precisa passar por cirurgia.
Segundo o laudo, a cirurgia é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Ainda assim, os peritos recomendam que o procedimento seja realizado “o mais breve possível”, para evitar agravamento do quadro.
A perícia afirma que houve “piora progressiva” do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo “aumento da pressão intra-abdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica”.
“Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo”, diz o resultado da perícia.
A hérnia inguinal (também chamada hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal formando uma espécie de abaulamento no local. Quando isso ocorre dos dois lados, ela é chamada de bilateral.
Os resultados já foram encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da execução penal do ex-presidente, que vai decidir sobre a autorização para o procedimento. Bolsonaro cumpre pena em uma sala de Estado-Maior na Superintendência da PF.
O relatório informa que Bolsonaro vem relatando soluços constantes e desconforto na região da virilha. Em um exame realizado em agosto de 2025, ainda não havia sinais de hérnia.
Em novembro, médicos identificaram clinicamente uma hérnia em apenas um dos lados. O diagnóstico foi mantido em relatórios posteriores e, em dezembro, exames de imagem confirmaram que o problema passou a atingir os dois lados da região.
Apesar da evolução do quadro, os peritos afirmaram que não houve complicações graves.
Crédito: G1
Foto: Reuters/Mateus Bonomi
