A política de Bayeux voltou a ferver, e o motivo atende pelo nome de um reencontro que poucos imaginavam ver tão cedo: o casal Fofinho e Luciene Gomes fazendo movimentos nítidos para se reaproximar do presidente da Câmara, Adriano Martins. A foto registrada durante a confraternização do deputado Felipe Leitão acendeu o alerta em quem acompanha os bastidores — e quem viu garante que Adriano estava claramente pouco à vontade.
Para entender o peso desse gesto, é preciso revisitar a história recente. Antes de chegar ao comando da Prefeitura, Luciene Gomes era uma vereadora sem expressão, praticamente esquecida no cenário político da cidade. Foi Adriano Martins quem puxou seu nome do limbo, quem bancou sua ascensão e articulou cada passo para que ela fosse eleita prefeita nas eleições indiretas.
Naquele momento, Adriano era o vice-prefeito e aliado mais leal e o nome natural para continuar ocupando a vaga nas eleições diretas. Mas, em um movimento que até hoje muitos classificam como ingratidão, Luciene rifou Adriano para entregar a vice ao Major Cleicitoni — justamente alguém que, ironicamente, atua hoje nos bastidores contra o próprio Martins, e que segundo boatos, já ameaçou até de morte o parlamentar.
Ao priorizar o projeto de Luciene, Adriano pagou um preço alto: ficou sem mandato. Ainda assim, não se vingou, não fez ataques, não fomentou retaliações. Preferiu trabalhar em silêncio, reconstruir sua trajetória e voltar pela porta da frente à Câmara Municipal. Hoje, é uma das lideranças mais consolidadas, respeitadas e influentes de Bayeux — algo que incomoda muitos daqueles que tentam recuperar espaço político.
A recente movimentação do casal Fofinho–Luciene, portanto, não passou despercebida. Nos bastidores, a leitura é a mesma: a aproximação parte muito mais deles do que de Adriano, e tem cheiro de estratégia, não de reconciliação sincera.
Quando questionado sobre a cena e sobre uma possível reaproximação, Adriano Martins foi elegante, direto e deixou no ar uma frase que muitos interpretaram como um recado: “A política é dinâmica e ela produz encontros, desencontros e reencontros. Meu foco é contribuir com a reeleição do deputado Felipe Leitão, que tanto faz por Bayeux. Não sou um homem vingativo, aprendi que cada um dá o que tem. Eu tenho amor, trabalho e uma vida dedicada a Bayeux.”
Enquanto a foto segue circulando e alimentando especulações, o clima nos bastidores é claro: esse reencontro tem mais cálculo do que afeto político. E, como sempre em Bayeux, nada acontece por acaso.
