A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (8) que o ex-presidente Jair Bolsonaro é a “única opção da direita” para disputar a Presidência da República em 2026. A declaração foi feita durante encontro do PL Mulher, em Londrina (PR).
“Não há outra opção para a Presidência da República em 2026. A única opção da direita chama-se Jair Messias Bolsonaro. Se não acontecer, não existe democracia no Brasil. Esse é o verdadeiro golpe que o Judiciário está dando no povo de bem”, declarou Michelle.
A fala ocorre um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar o último recurso de Bolsonaro na ação da trama golpista e manter a condenação de 27 anos e 3 meses de prisão, além da inelegibilidade até 2060.
Críticas ao STF e a Lula
Durante o discurso de quase 40 minutos, Michelle criticou o STF e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A gente tem visto um Congresso de joelhos diante do STF. Hoje, infelizmente, só quem governa é o Judiciário. Os nossos deputados aprovam leis, e se não estiverem em concordância, eles anulam”, afirmou.
Estado de saúde de Bolsonaro
Michelle também comentou o estado de saúde do marido, dizendo que ele “nunca mais conseguiu se recuperar” desde a última cirurgia.
“Ele chega à exaustão. Tem vários problemas de saúde porque não teve tempo nem paz de espírito para se recuperar”, relatou.
Segundo ela, o ex-presidente “tem vivido dias muito difíceis, com seus direitos violados”. Desde agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares no processo que investiga tentativa de instigar sanções dos EUA contra o Brasil.
Sucessão e impasse na direita
Com Bolsonaro fora da disputa, a direita ainda não definiu um nome para 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é apontado como principal herdeiro político, mas diz que pretende disputar a reeleição estadual.
Outros nomes cotados são Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já manifestou intenção de concorrer caso o pai não possa, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a própria Michelle, que chegou a declarar em setembro, ao jornal The Telegraph, que poderia disputar o Planalto “se fosse da vontade de Deus”.
