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Veneziano consolida aliança com Cícero e grupo Cunha Lima, isola Efraim e gera fissura na oposição

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A movimentação política do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) em torno da pré-candidatura do prefeito, Cícero Lucena (MDB), tem produzido efeitos colaterais importantes no tabuleiro político da Paraíba — especialmente sobre o senador Efraim Filho (União Brasil), que vê seu espaço encolher a cada nova articulação.

Nos bastidores, Veneziano tem sido o principal articulador da aproximação entre Cícero e o grupo Cunha Lima, liderado pelo ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD). As conversas avançaram a tal ponto que aliados de ambos já consideram a aliança praticamente consolidada, restando apenas o anúncio formal. Essa composição isola Efraim apenas no campo bolsonarista.

Com a movimentação, Efraim Filho vai perdendo fôlego político. Além de ver aliados migrarem para o grupo de Veneziano e Cícero, ele ainda enfrenta uma disputa interna pelo comando da federação União Progressista. Se perder essa disputa, deve buscar abrigo no PL, mantendo a pré-candidatura ao Governo do Estado, mas com uma estrutura mais segmentada e menor alcance político.

A irritação no grupo de Efraim é evidente. Em entrevista recente à Líder FM, o irmão do deputado, George Morais, externou a mágoa da família com Veneziano, que até pouco tempo era visto como aliado de primeira hora e até chegou a ser cortejado para compor a chapa majoritária do União Brasil, na vaga de Senado. A articulação de Veneziano, que passou a atuar diretamente nas bases eleitorais da família, conquistando apoio de aliados de Efraim do MDB para o projeto de Cícero, foi recebida como uma postura desrespeitosa. 

O clima é de incerteza. Ninguém sabe ainda como Efraim reagirá a esse novo cenário político que se desenha, marcado pela consolidação da aliança entre Veneziano, Cícero, Pedro e o grupo Cunha Lima — uma união que muda completamente a configuração da oposição.

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