A Direção Estadual do Progressistas na Paraíba divulgou nota oficial nesta segunda-feira (8) reagindo à desfiliação do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, do partido. No comunicado, a legenda repudiou as justificativas apresentadas pelo gestor e afirmou que sua decisão está sustentada em um “impulso individualista” que ignora a história recente da política paraibana.
Segundo o Progressistas, o partido foi determinante para viabilizar a candidatura de Cícero em 2020 e garantir o apoio à sua reeleição em 2024, “apesar de inúmeras restrições, algumas delas apontadas pela própria Justiça Eleitoral”.
O texto destaca que, nas discussões para a formação de um projeto político de 2026, o prefeito participou ativamente das conversas conduzidas pelo governador João Azevêdo (PSB) e recebeu a garantia de poder indicar diretamente um nome para compor a chapa majoritária.
A nota também lembra que, com a confirmação da pré-candidatura de Azevêdo ao Senado, o Progressistas teria pela primeira vez a possibilidade de lançar um nome ao Governo do Estado, representado pelo atual vice-governador Lucas Ribeiro, com plenas condições legais e políticas para disputar a reeleição em 2026.
Para a cúpula estadual do partido, o “apoio natural e automático” a esse projeto deveria vir de todos os filiados, sobretudo de Cícero, que já teria se beneficiado da postura coletiva da legenda em 2020 e 2024.
No entanto, segundo o Progressistas, o prefeito optou por um “projeto completamente individual de poder”, rompendo publicamente com uma aliança que o beneficiou por duas vezes e dando sinais de aproximação com adversários políticos.
A sigla acusou Cícero de adotar uma lógica de alianças “que só valem se forem em seu favor” e afirmou que “lealdade não é uma virtude autodeclarável, mas que se conquista na prática”.
O comunicado encerra reafirmando o compromisso do Progressistas com seus filiados, com os aliados da base governista, com o projeto do governador João Azevêdo e, sobretudo, com o povo da Paraíba.
