O ex-presidente estadual do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a presença de policiais monitorando 24 horas por dia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do uso da tornozeleira eletrônica.
Para Jackson, a medida extrapola os limites da legalidade. “Não posso concordar com isso. Trata-se de um abuso, sem qualquer respaldo jurídico. Bolsonaro precisa ser responsabilizado por seus atos contra o país e a democracia, mas dentro do processo legal. Exceder os limites da lei, seja contra ele ou qualquer pessoa, é algo com o qual não concordo”, afirmou.
O dirigente petista lembrou ainda que Bolsonaro já está submetido ao monitoramento eletrônico e que o problema, nesse caso, é a ineficiência do próprio sistema penal. “Ele já está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica — se o sistema penal é ineficiente, o problema é do próprio sistema. Não desejo para meus adversários o que não quero para os meus”, completou.
A decisão de Moraes foi tomada após manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre risco de fuga de Bolsonaro diante das investigações que enfrenta no Supremo. A medida gerou reações divididas no meio político e jurídico, com setores apontando rigor necessário e outros questionando possíveis excessos.
