A política pessoense vive um jogo de xadrez cada vez mais intenso. Se de um lado a oposição se movimenta em busca de espaços, do outro o staff governista também age com estratégia própria. A bola da vez é a relação entre o prefeito Cícero Lucena (PP) e o vice-prefeito Leo Bezerra (PSB).
A narrativa que vem sendo trabalhada é simples: em caso de afastamento de Cícero para disputar as eleições de 2026, Leo assumiria a prefeitura, abrindo um “novo tabuleiro” político na Capital. A dúvida que se tenta plantar é se o prefeito estaria confortável em deixar o cargo sob comando do vice, que tem forte ligações com o governador João Azevêdo.
Não por acaso, o deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB), pai de Leo, tem reforçado em declarações públicas a lealdade do filho ao prefeito, buscando blindar a relação e afastar ruídos. Hervázio chega a definir Leo como o seu “futuro político”, numa sinalização de que não pretende romper com a aliança.
O método é conhecido: provocar tremores na base adversária para testar sua coesão. Até onde se sabe, a relação entre Cícero e Leo se mantém inabalável. O movimento parece mais uma tentativa de mexer o tabuleiro do que de fato uma ameaça imediata à aliança.
