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BASTIDORES: Motivo da ausência de Cícero em evento de Lucas levanta paralelo com o Campestre

O ambiente de instabilidade na base do Governo do Estado ganhou contornos de tensão nos últimos dias. Fontes ligadas ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), afirmam que aliados receberam a informação de que haveria uma articulação para vaiá-lo caso comparecesse à plenária do Orçamento Democrático Estadual, realizada em Campina Grande e conduzida pelo vice-governador e pré-candidato ao governo, Lucas Ribeiro (PP). Junto a essa informação, os aliados do prefeito também estranharam o fato do ex-candidato a prefeito de Campina Grande, Jhony Bezerra (PSB), que tem feito visitas com Cícero em Campina Grande, não ter tido direto à fala, nem ter sido chamando para compor a mesa ou sequer ter o nome citado. O fato foi interpretado como hostilidade a Jhony.

Diante do alerta, o gestor teria optado por uma mudança de rota durante deslocamento pela BR-230, evitando a participação no evento. O gesto, aparentemente pontual, foi interpretado nos bastidores como reflexo de um desgaste crescente na relação entre os dois líderes — agravado pelo fato de Cícero ter sido preterido na escolha da base aliada para a sucessão do governador João Azevêdo (PSB), embora ainda não haja nenhuma decisão formal.

O episódio despertou memórias de 1998, quando, no tradicional Clube Campestre, um movimento político simbólico deu início a uma redefinição de forças na Paraíba. À época, a cena marcou a transição de apoios e reposicionamentos estratégicos que influenciaram diretamente o rumo da política paraibana por mais de uma década.

Com o recente lançamento do filme sobre o ex-governador Ronaldo Cunha Lima — um dos protagonistas daquela fase — o simbolismo do gesto de Cícero não passou despercebido. Para eles, a ausência pode ter sido mais do que uma decisão de agenda: pode ter representado o primeiro passo visível de uma recomposição de alianças que tende a se acentuar nos próximos meses.

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