Durante a sessão ordinária desta terça-feira (data), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereadores utilizaram a tribuna para criticar a venda do mando de campo do jogo entre Botafogo-PB e Flamengo, válido pela terceira fase da Copa do Brasil. A partida, que seria realizada no estádio Almeidão no dia 1º de maio, foi transferida para São Luís do Maranhão.
O vereador Guguinha Moov Jampa (PSD) foi um dos mais enfáticos nas críticas. Segundo ele, a decisão da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) que administra o Botafogo-PB enfraquece a imagem do clube e prejudica o futebol paraibano. “Essa decisão passa a ideia de um time pequeno para o glorioso da Maravilha do Contorno. Impede a torcida de apoiar e incentivar o time em busca de um bom resultado”, afirmou o parlamentar.
Guguinha ainda acusou a SAF de “chantagear” a torcida, alegando que o grupo inicialmente cogitou a venda do mando, depois anunciou que não venderia, e por fim praticou preços considerados abusivos nos ingressos. “A torcida não aceitou essa estratégia nociva e a SAF acabou vendendo o mando para fugir do problema. Faltou amor ao clube. Quem comanda hoje o Botafogo-PB está apenas interessado em lucro”, declarou.
Outros vereadores apoiaram o discurso, como Milanez Neto (MDB), Fábio Lopes (PL), Fábio Carneiro (Solidariedade) e Carlão (PL). Milanez criticou a “barganha pública” em torno dos valores dos ingressos. “Primeiro disseram que venderiam o mando ao Flamengo, depois divulgaram os preços e acabaram vendendo para São Luís. O Botafogo é nosso e merece respeito”, frisou.
Carlão também destacou que o clube recebe recursos públicos da Prefeitura de João Pessoa. “Torcedores, fiquem atentos”, alertou.
Foto: Cristiano Santos/Botafogo-PB