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Hugo Motta não considera golpe atos de 8 de janeiro e destaca excessos nas condenações

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira (7) que os atos de 8 de janeiro de 2023 não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, para que houvesse um golpe, seria necessária a existência de uma liderança coordenando as ações.

“Querer dizer que foi um golpe… golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas e não teve isso”, pontuou durante entrevista à Rádio Arapuan FM.

Motta condenou os episódios de violência e depredação ocorridos em Brasília, mas destacou que as penalidades impostas aos envolvidos devem ser proporcionais. O parlamentar criticou o rigor das condenações determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra, receber 17 anos de pena [em] regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Temos que punir as pessoas que foram lá, quebraram, depredaram. Essas sim precisam e devem ser punidas”, argumentou.

“Os responsáveis por atos de destruição e violência devem ser punidos para evitar que algo semelhante volte a acontecer. No entanto, é preciso garantir que as penalidades sejam aplicadas sem excessos, especialmente para aqueles que não cometeram crimes graves”, afirmou.

O presidente da Câmara reforçou que os ataques às sedes dos Três Poderes representaram uma agressão às instituições democráticas e não podem se repetir. “Foi um episódio inimaginável. Ninguém esperava que algo daquela magnitude pudesse acontecer”, declarou.

As declarações de Hugo Motta refletem um posicionamento que busca equilibrar a condenação dos atos de vandalismo com críticas à condução dos processos judiciais, um debate que segue em evidência no cenário político nacional.

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