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Prefeitura de João Pessoa acata sugestão do MP e vai exigir título de eleitor para quem for tomar 1ª dose da vacina contra covid-19

Foto: Daisy Euzébio/ Secom-JP

Após suspensão da vacinação contra a covid-19, em João Pessoa, a Prefeitura participou de uma audiência pública promovida pelos três ramos do Ministério Público na Paraíba (Estadual, Federal e do Trabalho), nessa quarta-feira (14). Entre as decisões, a prefeitura se comprometeu a priorizar as pessoas que precisam tomar a segunda dose da Coronavac nos próximos lotes que receber.

A vacinação deverá ser retomada, no máximo, em 24 horas após o recebimento do próximo lote e deverá haver divisão por dias e locais de acordo com a idade, para evitar outras aglomerações, além do incremento do número de locais de imunização.

As medidas acordadas foram:

-A vacinação da primeira dose também será retomada para pessoas com 55 anos ou mais com comorbidades e trabalhadores de saúde, porém só será utilizada a vacina Oxford/Astrazeneca, que ainda tem em estoque na PMJP.

-Acatando sugestão do Ministério Público, a prefeitura passará a exigir o título de eleitor como certificação de residência para quem for tomar a primeira dose, podendo ser complementado com outros documentos, como comprovante de residência.

-O Município tem 48 horas para informar ao Ministério Público as correções realizadas no aplicativo Vacina JP.

-A prefeitura vai melhorar a forma de divulgação nas mídias sociais e nos locais de vacinação, para que a população seja suficientemente esclarecida sobre a quantidade de doses disponíveis e locais.

A audiência foi conduzida pelos promotores de Justiça Jovana Tabosa (da Saúde de João Pessoa), Raniere Dantas (coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Saúde) e Liana Carvalho (coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Cidadania e Direitos Humanos); dos procuradores da República Janaína Andrade de Sousa e José Guilherme Ferraz; e pelos procuradores do Trabalho Andressa Lucena Coutinho e Carlos Eduardo Azevedo. Participaram o prefeito em exercício da Capital, Léo Bezerra; o secretário de Saúde, Fábio Rocha; o procurador-geral do Município, Bruno Nóbrega; a diretora de Vigilância em Saúde, Aline Grisi; e a auditoria do Tribunal de Contas do Estado e coordenadora do GT Covid, do Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco), Christianne Mariz.

Os membros do Ministério Público ressaltaram que a suspensão da vacinação bem como as cenas de aglomeração de idosos vistas esta semana evidenciam a falta de planejamento do Município. Eles destacaram ainda que houve a priorização de quem estava tomando a primeira dose da Coronavac em detrimento de quem precisava da segunda.

Os representantes da PMJP reconheceram que houve falhas e explicaram que ocorreu uma demanda maior que o previsto pela segunda dose da Coronavac. Eles informaram ainda que houve atraso do suprimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), o que paralisou a produção da Coronavac pelo Instituto Butantã e que mais de 21 mil pessoas de outros municípios tomaram a primeira dose em João Pessoa. De acordo com os representantes, o município não possui Coronavac em estoque, mas utilizarão 100% dos próximos lotes para a segunda dose até zerar a fila de espera.

Redação com MPPB

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