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ANÁLISE: Com inelegibilidade de Ricardo, voto útil do eleitor socialista pode migrar para candidaturas do campo progressista

Ricardo Coutinho, durante entrevista na Rádio Difusora do Valentina.

Com a decisão do TSE que tornou o candidato a prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), inelegível até 2022, o xadrez eleitoral na disputa pela Prefeitura de João Pessoa tende a ter movimentações importantes a quatro dias da disputa. Com a indefinição sobre a legalidade da candidatura socialista, já que a decisão da corte é pela aplicação imediata da inelegibilidade e, certamente, haverá questionamentos na justiça, o voto no ex-governador passa a ser colocado em xeque.

A foto dele pode até constar na urna, no domingo (15), mas se for vitorioso, o candidato terá enormes dificuldades para assumir a prefeitura da capital. O caso de Ricardo entra nas inelegibilidades supervenientes, quando a decisão ocorre entre o deferimento do registro e a eleição. Caso seja eleito, o Ministério Público Eleitoral, certamente, entrará com recurso contra expedição do diploma. Sem diploma, nenhum candidato pode ser empossado.

Diante do exposto, além dos abalos jurídicos, a decisão do TSE também pode trazer efeitos políticos na já cambaleada candidatura de Coutinho. Com dois candidatos de direita liderando todas as pesquisas, com grandes possibilidades de disputarem o segundo turno,  o eleitor do ex-governador pode optar pelo voto útil. Com isso, candidaturas do campo progressista como a do PV, PT, Rede Sustentabilidade e PSOL podem abocanhar parte desse eleitorado, com vantagem para candidatura do PV, que está na disputa por uma das vagas no 2º turno.

 

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