Pular para o conteúdo Pular para a barra lateral do Vá para o rodapé

Molho de pimenta produzido por reeducandos da Paraíba está entre os finalistas do Prêmio Inovar

Mesmo diante de uma pandemia, a Paraíba vem se destacando no âmbito nacional, dessa vez por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-PB), com o projeto “Hortas para a Liberdade”. Molhos de pimentas que são produzidos pelos reeducandos da Cadeia Pública de Solânea, no Brejo paraibano, estão entre os projetos finalistas da 17ª edição do Prêmio Innovare.

Por meio da Gerência de Ressocialização, os reeducandos começaram a manufaturar os diversos molhos e pimentas em conserva. “Aqui na Seap, sempre viabilizamos a prática de atividades que possam levar nossos reeducandos a se sentirem úteis na sociedade, mesmo estando privados de liberdade. Então, já tínhamos esse projeto de horta em diversas unidades prisionais da Paraíba. Como na cadeia de Solânea os reeducandos estavam fabricando esses produtos, decidimos inscrevê-los no prêmio. Para nossa satisfação já estamos entre os finalistas de todo o país. Isso é mais que um incentivo para continuarmos promovendo essas boas ações entre nossa população carcerária”, celebra o secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca.

“Nós estamos muito felizes com esse reconhecimento, que é estar entre os finalistas do Prêmio Innovare. Isso nos mostra que a ressocialização é sim possível. Afinal de contas, o que todos nós almejamos é que os reeducandos cumpram suas penas através de uma contenção qualificada, para que retornem ao convívio social da melhor forma possível. Através do nosso planejamento estratégico estamos implantando essas boas práticas em todas as unidades prisionais da Paraíba, para que possamos contribuir com a reintegração de todos eles na sociedade”, acrescenta o gerente de ressocialização da Seap-Pb, João Rosas.

A fabricação dos molhos acontece em parceria com o curso de Agroecologia da Universidade Federal da Paraíba-Campus III e segue todos os protocolos sanitários exigidos pela Agência de Vigilância Sanitária da Paraíba (Agevisa). “Começamos a produzir esses molhos, com a ajuda dos alunos e professores da UFPB que capacitaram os reeducandos e auxiliam na implantação dos processos da manufatura. Atualmente, nossa produção é de 50 garrafas de molhos e pimentas em conserva por semana. Nossa plantação é totalmente orgânica e sustentável, feita com resíduos recicláveis”, explica o diretor da Cadeia Pública de Solânea André Gouveia.

SOBRE O PRÊMIO INNOVARE – O Prêmio Innovare é dividido em oito etapas e tem como objetivo propagar práticas que contribuam com aperfeiçoamento da Justiça do Brasil, assim como criar oportunidades de atividades inovadoras executadas por membros do Ministério Público, advogados, defensores públicos, reeducandos, pessoas da sociedade civil e magistrados que tragam resultados a favor do bem público.

Este ano, acontece a 17ª edição do prêmio, que é considerado um instrumento para aumentar a qualidade dos serviços jurisdicionais entregues aos cidadãos brasileiros. A comissão julgadora é formada por ministros do STF, do STJ, desembargadores, promotores, juízes, defensores, advogados e outros profissionais de destaque interessados em contribuir para o desenvolvimento do nosso Poder Judiciário.

Deixe um comentário