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OPINIÃO: A tornozeleira eletrônica fere de morte a reputação de Ricardo Coutinho

Audiência de custódia de Ricardo Coutinho

Após obter uma vitória importante e significativa no STJ, que o manteve em liberdade, o ex-governador levou um duro golpe com a decisão do desembargador, Ricardo Vital, relator da Operação Calvário, no Tribunal de Justiça, ao determiná-lo o uso de tornozeleira eletrônica. Vitória de Pirro. Pagará um preço alto pela liberdade, já que carregará consigo a “marca” da Calvário, o que fere de morte o orgulho, a vaidade e a reputação de um político que se jactava de ser superior aos outros no quesito ético e moral. A tornozeleira desconstrói toda narrativa do socialista, pois simboliza débito com a justiça ou, no caso do ex-governador, o monitoramento de quem é considerado nocivo ao convívio social. É tão constrangedora, que o ex-presidente Lula preferiu ficar na cadeia a ter que usá-la.

As novas medidas cautelares impostas por Ricardo Vital, tiram o protagonismo do ex-governador no tocante ao processo eleitoral de 2020. Após vitória no STJ, aliados já comemoravam, entusiasticamente, a candidatura de Coutinho. Porém, as decisões da justiça paraibana trazem implicações políticas e eleitorais. A primeira, é a saída, inevitável, do comando da Fundação João Mangabeira, importante palanque com projeção nacional. Já em relação à disputa em João Pessoa, o socialista tem as garantias jurídicas para lançar candidatura, mas não tem condição moral para concorrer ao cargo. Está marcado pelo uso da tornozeleira eletrônica, objeto de desmoralização por parte dos adversários. Ricardo construiu todo o seu legado em cima da imagem de um político probo, honesto e republicano. Com essa narrativa, destruiu a imagem dos seus adversários, a exemplo de Cássio Cunha Lima e Cícero Lucena. Por ironia ou não do destino, é vítima do próprio veneno que destilou.

 

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