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Opinião: João imprime estilo próprio à gestão e diminui forças de Ricardo no governo

O governador João Azevêdo (PSB) esperou, com paciência, exatos sete meses para iniciar o governo para chamar de seu. Até então, a gestão “comandanda” por Azevêdo se confundia com o governo Ricardo III, já que o ex-governador escolheu quase que a totalidade da equipe de João. O “novo” governo não tinha cara, estilo ou identidade própria. Coincidência ou providência, a Operação Calvário iniciou o processo de depuração com o desembarque de Livânia Farias, Waldson de Souza e Gilberto Carneiro, três “girassóis raiz”. Essa semana foi a vez de Luís Tôrres, última peça do “quarteto Ricardista”.

Nos bastidores, muita pressão para escolha do substituto para pasta de Tôrres, área estratégica da gestão. O grupo liderado por Ricardo lutava para manter o status quo, mas prevaleceu a escolha de João, que desta vez não atendeu aos “caprichos” de Coutinho e nomeou Nonato Bandeira, afastando a influência do ex-governador da Secom Estadual. Com a decisão, João deixa bem claro para Ricardo que o comando do Executivo é dele. O ex-governador chegou a apresentar listas de vetos, inclusive, ao nome de Nonato, porém, sem sucesso.

A nova estratégia para descolar da imagem do antecessor, por mais  absurda que pareça, foi chamar para perto de si, Edvaldo Rosas, homem umbilicalmente ligado a Ricardo. Sempre relegado a papel inexpressivo no governo de Ricardo, Rosas recebe um tratamento mais atencioso da parte do atual governador. Será o homem das articulações políticas. Detalhe: a nomeação, até onde o Blog apurou, foi escolha do governador, que deixou os girassóis “ortodoxos” surpresos. A  opção de Ricardo era outra, mas não poderia se opor à indicação de uma pessoa considerada “da sua cozinha”. Na guerra interna do PSB, João conquista um importante aliado.

 

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