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João cria delegacia contra corrupção após ex-auxiliares virarem alvos da Calvário

O governador João Azevêdo (PSB) anuncia nesta terça-feira (27) a criação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção no Estado. O gesto ocorre depois de três auxiliares do governo se tornarem alvos da Operação Calvário. A ação, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apura supostos pagamentos de propinas a autoridades, na Paraíba, a partir de 2011 – o primeiro ano de gestão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).

O secretário de Segurança e Defesa Social do Estado, Jean Nunes, explicou que a criação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção atende a um dispositivo legal estabelecido pelo governo federal. Trata-se da portaria n.º 631/2019, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Essa Portaria estabelece, dentre os critérios de rateio dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública em seu art. 3º, inciso VIII, a necessidade de criação e efetivo funcionamento na Polícia Civil de unidade dedicada exclusivamente ao combate à corrupção”, concluiu.

A solenidade de lançamento vai acontecer na sede da Acadepol. O ato marcará, também, o anúncio de criação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Patos. A criação desta última tem a finalidade de atuar nas ocorrências que envolvam furtos por meio de explosões e arrombamentos de instituições bancárias e de terminais de autoatendimento, bem como de roubos a empresas e veículos de transportes de valores no Estado.

Além da criação das novas delegacias, o Decreto transforma a Delegacia de Combate ao Crime Organizado em Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com abrangência em todo o Estado.

Calvário

A operação Calvário é desenvolvida em conjunto pelos Ministérios Públicos da Paraíba e do Rio de Janeiro. No centro das investigações estão contratos firmados pelo governo do Estado com a Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul. A instituição, comandada por Daniel Gomes da Silva, geriu recursos públicos da ordem de R$ 1,2 bilhão do Estado. Há denúncias de pagamentos a autoridades com dinheiro supostamente desviado dos cofres públicos.

Foram alvos da operação, até agora, os ex-secretários Gilberto Carneiro (Procuradoria-Geral), Waldson de Souza (Planejamento e Gestão) e Livânia Farias (Administração).

Blog do Suetoni

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