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João Azevêdo participa de encontro de governadores com ministro da Economia em Brasília

Definições de medidas emergenciais para os Estados e o texto da reforma da Previdência devem pautar a reunião extraordinária do Fórum de Governadores, hoje, em Brasília, com a participação do ministro da Economia Paulo Guedes. O governador João Azevêdo também participa do encontro. De acordo com o Governo do Estado, também deve se discutir medidas emergenciais de ajuda financeira aos Estados.

De acordo com o chefe do Executivo estadual, o encontro será uma oportunidade de cobrar do Governo Federal informações sobre acesso a investimentos. Segundo João Azevêdo, os chefes dos Executivos estaduais querem “saber qual o volume real de recursos que os Estados terão para investimentos, como acessá-los, como fazer com que o Estado apresente esses projetos  e receba os recursos”.

Para João Azevêdo, os estados precisam de alternativas para reduzir seus déficits e ter acesso ao crédito.  “Nós precisamos discutir caminhos que o país precisa tomar para que os Estados saiam da situação que se encontram – alguns deles com problemas mais sérios que os da Paraíba -, mas a nossa preocupação é no sentido de encontrar meios e ações de apoio às gestões estaduais”, afirmou, durante entrevista no programa Fala Governador, da rádio Tabajara.

O encontro dos gestores estaduais acontece na sede do Governo do Distrito Federal, no Palácio do Buriti, e, com a ida à Capital Federal, o governador Paulo Câmara (PSB) aproveita para reunir-se com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, em agenda “extra”.

“Vamos debater não apenas a Previdência, mas as questões emergenciais de muitos estados. Têm muitos projetos legislativos que estão em andamento, têm muitas outras questões que a gente precisa conversar. O intuito é ajudar o Brasil a voltar a crescer, a voltar a gerar emprego e renda. O debate vai a esse encontro: as dificuldades dos Estados, mas também a necessidade de estar sempre buscando alternativas junto ao Governo Federal – que se colocou à disposição”, explicou Câmara, à Folha. Ele defende a definição de soluções “estruturadoras” e não apenas uma “solução pontual”.

Em entrevista à Rádio Transamérica, ontem, Câmara comentou sobre o Fórum e destacou que reconhece a importância da reforma da Previdência, mas que o País não pode ser dividido em duas categorias.

“Não é uma questão de Nordeste. É questão de uma Região que tem um número de pobres ou na situação de pobreza ou de extrema pobreza, que precisa de um olhar diferenciado em relação a temas que são muito caros para o dia a dia das cidades”, disse, citando as alterações do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural.

“O que a gente está preocupado é com a população mais pobre. Porque mais na frente a gente não pode ter duas categorias dentro do Brasil: aqueles que conseguem se aposentar e aqueles que não tem nenhuma condição de se aposentar diante das condições que estão sendo previstas. Agora, nós sabemos da importância da reforma, de se olhar questões relacionadas à reforma da Pevidência”, ponderou.
Sobre o encontro com Osmar Terra, Paulo Câmara afirmou, apenas, que “busca levar uma agenda em favor de Pernambuco”.

Governo 

Ainda durante a entrevista, o governador Paulo Câmara classificou como “confuso” o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Para ele, a gestão federal está ” sem foco, sem meta, sem planejamento de curto e de médio prazo, sem um projeto”. Para ele, é necessário discutir essa agenda. “Eu estou muito disposto, me colocando sempre à disposição para contribuir com esse debate. O que Pernambuco puder fornecer e trabalhar para melhorar o Brasil nós vamos fazer. Agora precisa, realmente, ter uma coordenação nacional e isso está com muitas dificuldades”, disse.

No entanto, o chefe do Executivo estadual não apresenta dificuldade em dialogar com o Governo Federal e, inclusive, tem cumprido muitas agendas com ministros de Bolsonaro.

“Não tenho dificuldade, não (de circular bem no governo), até porque minhas agendas são muito claras: são ações em favor de Pernambuco, destravamento de questões estruturais do nosso Estado, de obras que não podem parar projetos que precisam de priorização. No âmbito do Governo a gente tem dito uma boa condição de levar esses pleitos e esperamos que esses pleitos sejam tratados da forma adequada e terem os encaminhamentos”, acrescentou.

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