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Arquidiocese proíbe contato de padres com menores desacompanhados

Após a polêmica em torno da condenação em R$ 12 milhões da Arquidiocese da Paraíba por exploração sexual de menores, o arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson Pereira, expediu um decreto dirigido aos clérigos da igreja. No documento, que foi apresentado a padres em uma reunião na última quarta-feira (6), há uma série de orientações, como a proibição de padres estarem em companhia de menores e de adultos vulneráveis, desacompanhados dos seus pais ou responsáveis, na Casa Paroquial, no carro paroquial ou em outros ambientes reservados.

O documento também faz alterações na dinâmica de atividades de grupos e pastorais que atendem a esse público nas igrejas. Conforme o documento, nas atividades organizadas pelas paróquias, não será permitido oferecer alojamento a menores e a adultos vulneráveis desacompanhados dos seus pais ou responsáveis. O atendimento espiritual a este segmento, sobretudo no sacramento da confissão, será feito nos confessionários ou em lugares adequados na Igreja que garantam segurança e visibilidade.

O decreto reforça, ainda, aos religiosos que condutas de abuso sexual de crianças, adolescentes e adultos em situação vulnerável constituem crime com punição na Justiça Estadual e Canônica.

Mais orientações

Dom Delson também orienta que o sacerdote que tiver recebido alguma acusação contra si, ou que tenha tomado conhecimento de alguma acusação contra pessoas vinculadas à ação pastoral da Igreja, com relação a casos sexuais, deve transmitir imediatamente a notícia ao Arcebispo.

Ainda segundo Dom Delson, o clérigo acusado de abuso sexual tem a garantia da presunção de inocência, até prova contrária. Contudo, o Arcebispo pode cautelarmente, “preservando a boa-fama do clérigo”, suspender ou limitar o exercício do seu ministério, até que as acusações tenham sido esclarecidas.

Entenda o casoAs orientações de Dom Delson as padres da Paraíba é em resposta às reportagens divulgadas pelo “Fantástico”, da Rede Globo. Conforme as denúncias do Ministério Público, que embasaram a condenação, um grupo de sacerdotes pagava por sexo a flanelinhas e coroinhas na Paraíba.As denúncias de pedofilia e exploração sexual envolvendo integrantes da Igreja Católica na Paraíba, inclusive o arcebispo emérito da Paraíba Dom Aldo Pagotto, tiveram início em 2015, através de reportagem exclusiva do JORNAL DA PARAÍBA.

Fonte: Blog do Suetoni

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