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Operação Cartola: Carapuça e muita bola fora

A Operação Cartola, que investiga fraude no futebol paraibano, acabou ganhando inesperada repercussão depois que o Esporte Espetacular, da Rede Globo de Televisão, no domingo, revelou novidades ainda não divulgadas na imprensa local.

Curiosamente, a repercussão tem ocorrido em torno de fatos promovidos pelo Governo do Estado, após a reportagem que acabou colocando o governador Ricardo Coutinho, em dois lances, no campo das investigações.

No primeiro lance, o ex-diretor do Botafogo Breno Morais, numa escuta telefônica, diz que o governador teria comentado com ele sobre necessidade de compra de árbitro para garantir resultados favoráveis. Noutro, a reportagem da Globo sugere que a investigação no âmbito da Polícia Civil do Estado teria sido abafada a partir do momento que chegou ao governador.

Neste jogo feio e bruto, dois novos lances ocorreram no time do governador e sugerem que o comandante do governo vestiu a carapuça. Os lances são de pura bola fora.

A primeira bola fora foi à exoneração do delegado responsável pelas investigações, Lucas Sá, o mais produtivo do time de combate aos crimes, segundo entidade dos delegados.

Na sequência, a segunda bola foi à justificativa para a exoneração dos delegados: um remanejamento em várias delegacias. Ora, onde já se viu um técnico mudar todo o time nos dois últimos minutos do jogo? O governo Ricardo Coutinho tem apenas mais dois meses e nada justifica a alegação de necessidade de “arrumar a casa”.

A terceira bola fora desmonta essa alegação anterior, mostra que o time do governo está batendo cabeça, além de que parece que entrou na fase do vale tudo. Trata-se da nomeação do delegado Lucas como adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. O titular do time de combate à corrupção vai para o banco de reservas. É inexplicável. Sem falar que a adjunta da Delegacia de Defraudações, Vanderleia Gadi, que tinha participado das investigações da Operação Cartola, também foi removida para outra delegacia.

E, para completar o jogo bruto e feio do governo, vale indagar: se os delegados da Operação Cartola foram afastados, por que também não afastar Zezinho do Botafogo, removido da presidência do time e respondendo a processo na Justiça pelas fraudes no futebol, do cargo importante que exerce do Detran/PB?

Ainda há tempo.

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